quinta-feira, 14 de junho de 2012

Vídeo sobre cultura africana








http://www.youtube.com/watch?v=RPzxt1iZGiA&feature=related

A batalha de Argel - filme

Este é um interessante filme que retrata a grande repressão sofrida pelos argelinos durante o domínio francês. Além disso, é uma boa oportunidade de observar a diferença de produção dos espaços geográficos típicos do povo local com relação àqueles construídos pelos franceses.

Sinopse


A luta da Argélia para se tornar independente da França é narrada pela trajetória de Ali, líder da Frente Algeriana de Libertação Nacional (FLN), desde o momento em que ele se une à organização, quando ainda era um pequeno ladrão, até sua captura, juntamente com os últimos líderes do movimento, e por fim a execução de todos pelo governo francês. Construído com um suspense crescente, o filme conta em paralelo a guerra dos rebeldes, fundada em métodos não convencionais, e as medidas cada vez mais extremas tomadas pela França. Banido por muitos anos na França e proibido no Brasil na época da ditadura militar, A batalha de Argel [The Battle of Algiers] conquistou o Prêmio da Crítica Internacional no Festival de Veneza de 1966 e, em 1969, quando foi lançado nos Estados Unidos, recebeu duas indicações ao Oscar, nas categorias de melhor direção e melhor roteiro original.


quarta-feira, 13 de junho de 2012

Dica de site sobre Sahel - Questões sociais, naturais, econômicas e históricas.


http://oceanworld.tamu.edu/resources/environment-book/desertificationinsahel.html

Barão de Mauá - dica de filme

Este filme aborda a vida do Barão de Mauá, contextualizando a transição da escravidão para o trabalho assalariado sob influência da Inglaterra, uma vez que esta fervilhava com a Revolução Industrial. Este é mais um exemplo dos interesses externos influenciando a vida no continente africano. Trata-se de uma produção brasileira de boa qualidade e agradável de assistir, vale a pena conferir.

segunda-feira, 11 de junho de 2012


                               
África detém 60% do mercado mundial de diamantes

Segundo o jornal Sol, a cidade de Luanda assume-se como a capital africana dos diamantes com a constituição da Associação dos Países Africanos Produtores de Diamantes (ADPA), que pretende dar ao continente uma voz activa na definição da estratégia mundial do sector.
A ideia da criação da ADPA foi lançada pelo presidente angolano, José Eduardo dos Santos, no início deste ano, numa altura em que Angola inaugurou uma fábrica de lapidação e está a aumentar a sua produção diamantífera, num esforço para se assumir como um dos maiores produtores mundiais.
A produção de diamantes em Angola ultrapassou seis milhões de quilates em 2005, deve atingir 10 milhões no final deste ano e estima-se que suba para 19 milhões em 2009.
A posição de Angola no sector permitiu-lhe recolher rapidamente a concordância generalizada dos países africanos produtores para a criação de uma associação, que também vai englobar países que, apesar de não produzirem, mantêm uma relação estreita com o comércio de diamantes.
Por essa razão, a cerimónia de constituição da associação, que se realiza sábado em Luanda, contará com a presença de cerca de duas dezenas de países, entre os quais o Botsuana, que é o maior produtor mundial destas pedras preciosas.
A ADPA, que representa a maioria da produção diamantífera mundial, poderá desempenhar um papel importante na definição dos preços no mercado, tendo João Miranda admitido que a organização se deve «afirmar como um fórum de consulta sobre a forma como os países devem cooperar no mercado».
A associação surge numa altura em que o aumento da procura de diamantes na Índia e na China provocou uma subida de 12% no preço destas pedras preciosas no mercado internacional, o que demonstra a importância da concertação entre países produtores.
Por outro lado, a criação da ADPA permitirá que estes países se afirmem como uma «forma de pressão» sobre as empresas que comercializam diamantes, tendo em vista o combate ao tráfico ilegal, que continua a representar uma parte significativa do comércio neste sector.
«As grandes companhias consumidoras de diamantes compram sem qualquer pejo (diamantes ilegais), apesar das medidas de protecção que foram criadas» , denunciou o chefe da diplomacia angolana.
Recentemente, as Nações Unidas divulgaram um relatório onde se refere que diamantes oriundos da Costa do Marfim continuam a ser comercializados no mercado internacional, servindo como fonte de financiamento para as forças rebeldes.
Angola, que é actualmente o sexto maior produtor mundial de diamantes, também viveu este problema durante o conflito armado, quando as forças da UNITA ocuparam as principais zonas diamantíferas do país.
Para travar a venda dos denominados 'diamantes de sangue', foi lançado há cerca de quatro anos o Processo de Kimberley, que define regras para a certificação dos diamantes comercializados no circuito internacional, mas o problema ainda está longe de ser resolvido.
Numa tentativa de contribuir para inverter a situação, a APDA, apesar de se assumir como uma organização de países produtores, pretende trabalhar em conjunto com as principais empresas diamantíferas, tendo assegurado o envolvimento, entre outras, da De Beers, a multinacional sul-africana que domina o mercado mundial.
A ilicitude relacionada com os diamantes é sempre um aspecto clandestino do negócio e nenhuma empresa digna desse nome quer ser associada a essa imagem, prefere estar ligada à transparência, defendeu João Miranda, manifestando a convicção de que as empresas do sector não podem ficar indiferentes a esta questão.
Todas estas questões relativas à produção e comercialização de diamantes devem constar da Declaração de Luanda, que será aprovada sábado na reunião ministerial que formalizará a constituição da ADPA.
Os ministros dos países membros vão também aprovar os estatutos da associação, que terá como órgão máximo o Conselho de Ministros, cuja presidência será rotativa, apoiado no Comité de Peritos.
A gestão da organização será assegurada por um secretário executivo, um cargo profissionalizado cujo titular será escolhido pelos estados membros entre as várias opções que forem apresentadas.
A APDA terá como membros Angola, África do Sul, Argélia, Botsuana, República do Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gana, Guiné Conacri, Lesoto, Libéria, Líbia, Mali, Mauritânia, Namíbia, República Centro Africana, República Democrática do Congo, Serra Leoa, Tanzânia, Togo e Zimbabué.
A cerimónia de constituição formal da associação contará com a presença de uma delegação da União Africana.



Fonte:http://fredericonunes-pap.blogspot.com.br/2010/03/africa-detem-60-do-mercado-mundial-de.html

sábado, 9 de junho de 2012

Os adornos das tribos africanas Surma e Mursi

http://abobadariodamedia.blogspot.com.br/2012/05/os-adornos-das-tribos-africanas-surma-e.html

Crianças da África


http://www.criticadaquelefilme.com.br/2012/05/last-lions.html

Plano de aula


  • Objetivos: A partir dos assuntos propostos sobre o continente africano em diferentes  aspectos, os alunos poderão ter um embasamento teórico para compreender a realidade dos problemas que estão acontecendo na África;    
  •   Os temas abordados em sala de aula:
  • Uma breve história da África, considerando a origem da espécie humana e que a primeira civilização nasceu no Egito este continente teve e tem importância para nós; 
  • Os aspectos físicos, vegetação e clima, bem como seus biomas;
  • A regionalização e diferentes regiões e suas características físicos e culturais;
  • Colonização e descolonização do continente africano, fator que configura seu atraso econômico, entre outros problemas de miséria e conflito, sobretudo civis em relação ao resto do globo.
  • Vídeo e imagens:  http://travel.nationalgeographic.com/travel/continents/africa/ http://www.fotosearch.com.br/video-filme/%C3%A1frica.html



sexta-feira, 8 de junho de 2012


 
Fonte: Logo-afp

Mundo

Vítimas da guerra em Serra Leoa comemoram sentença de ex-presidente liberiano

Por Rod Mac Johnson
Vítimas da guerra civil e o governo de Serra Leoa comemoraram nesta quarta-feira a condenação a 50 anos de prisão ditada contra o ex-presidente da Libéria Charles Taylor por seu apoio aos rebeldes leoneses que espalharam o terror em seu país.
"A notícia alegra o governo e a nação. É um passo adiante, porque foi feita Justiça", disse o vice-ministro da Informação leonês, Sheku Tarawali, manifestando o seu desejo de que as vítimas se sintam aliviadas com isso, "apesar de a magnitude da sentença não ser proporcional às atrocidades cometidas".
"Enfim, foi feita Justiça, e Taylor pagou o preço do sofrimento e da dor que nos causou", disse Al-Hadji Jusu Jarka, cujos braços foram amputados por rebeldes da Frente Revolucionária Unida (RUF). "Espero que seus atos o atormentem enquanto ele apodrece na prisão."
Um silêncio pairava na sede do Tribunal Especial para Serra Leoa, em Freetown, onde centenas de pessoas reuniram-se diante de telões para ouvir a sentença de Taylor.
"Como defensores dos direitos humanos, ficamos felizes com a sentença de 50 anos de prisão contra Taylor por ter ajudado os rebeldes em troca de diamantes", disse o ativista dos direitos humanos Charles Mambu.
O porta-voz rebelde durante a guerra, Eldred Collins, lidera atualmente o Partido da Frente Unida Revolucionária (RUFP), herdeiro do RUF, e considera que deveria o líder rebelde Foday Sankoh deveria ter sido julgado. Sankoh morreu na prisão em 2003.
"Continuamos achando que Taylor não foi julgado com justiça e não merecia essa sentença. Foram o falecido Foday Sankoh e outros leoneses que combateram nessa guerra", criticou Collins.
Na região de Kailahun, onde chegaram os rebeldes vindos da Libéria em 1991, o sentimento era de alívio, "porque a saga de Taylor ficou para trás", comentou o líder da região, Cyril Gando. "Durante dois anos, 1999 e 2000, os rebeldes mataram muita gente, incluindo meus filhos, que foram decapitados porque se negaram a entrar para o grupo rebelde".
Na cidade de Kenema (leste), o líder Soriba Morlai não escondia a felicidade: "Apoiamos totalmente a sentença."
A decisão da Justiça, no entanto, terá pouco impacto no cotidiano da população. "O que importa Taylor? O que importa é que o preço dos alimentos básicos continua aumentando. Taylor teve o que merecia, mas este assunto não tem a ver comigo", queixou-se a comerciante Ina Smith.

quinta-feira, 7 de junho de 2012

História da Capoeira Origem da palavra capoeira, cultura afro-brasileira, luta, funções sociais, como começou
 a capoeira, proibição, transformação em esporte nacional, os estilos




Raízes africanas 
A história da capoeira começa no século XVI, na época em que o Brasil era colônia de Portugal. A mão-de-obra escrava africana foi muito utilizada no Brasil, principalmente nos engenhos (fazendas produtoras de açúcar) do nordeste brasileiro. Muitos destes escravos vinham da região de Angola, também colônia portuguesa. Os angolanos, na África, faziam muitas danças ao som de músicas. 

No Brasil 
Ao chegarem ao Brasil, os africanos perceberam a necessidade de desenvolver formas de proteção contra a violência e repressão dos colonizadores brasileiros. Eram constantemente alvos de práticas violentas e castigos dos senhores de engenho. Quando fugiam das fazendas, eram perseguidos pelos capitães-do-mato, que tinham uma maneira de captura muito violenta.

Os senhores de engenho proibiam os escravos de praticar qualquer tipo de luta. Logo, os escravos utilizaram o ritmo e os movimentos de suas danças africanas, adaptando a um tipo de luta. Surgia assim a capoeira, uma arte marcial disfarçada de dança. Foi um instrumento importante da resistência cultural e física dos escravos brasileiros.

A prática da capoeira ocorria em terreiros próximos às senzalas (galpões que serviam de dormitório para os escravos) e tinha como funções principais à manutenção da cultura, o alívio do estresse do trabalho e a manutenção da saúde física. Muitas vezes, as lutas ocorriam em campos com pequenos arbustos, chamados na época de capoeira ou capoeirão. Do nome deste lugar surgiu o nome desta luta.

Até o ano de 1930, a prática da capoeira ficou proibida no Brasil, pois era vista como uma prática violenta e subversiva. A polícia recebia orientações para prender os capoeiristas que praticavam esta luta. Em 1930, um importante capoeirista brasileiro, mestre Bimba, apresentou a luta para o então presidente Getúlio Vargas. O presidente gostou tanto desta arte que a transformou em esporte nacional brasileiro.

Três estilos da capoeira 
A capoeira possui três estilos que se diferenciam nos movimentos e no ritmo musical de acompanhamento. O estilo mais antigo, criado na época da escravidão, é a capoeira angola. As principais características deste estilo são: ritmo musical lento, golpes jogados mais baixos (próximos ao solo) e muita malícia. O estilo regional caracteriza-se pela mistura da malícia da capoeira angola com o jogo rápido de movimentos, ao som do berimbau. Os golpes são rápidos e secos, sendo que as acrobacias não são utilizadas. Já o terceiro tipo de capoeira é o contemporâneo, que une um pouco dos dois primeiros estilos. Este último estilo de capoeira é o mais praticado na atualidade.

Você sabia?
- É comemorado em 3 de agosto o Dia do Capoeirista.




quarta-feira, 6 de junho de 2012

A menina e o abutre

O fotógrafo sul-africano Kevin Carter foi até o Sudão, em 1993, para registrar a tragédia da fome causada pela guerra civil no país. Na ocasião, ele fotografou em uma aldeia uma garotinha faminta, prestes a morrer, que rastejava em direção a um posto de alimentação enquanto era observada por um abutre. Um ano depois, em 23 de maio de 1994, Carter foi premiado com o Prêmio Pulitzer graças ao registro. Criticado por não ter ajudado a menina e pressionado pelo sentimento de culpa, o fotógrafo se matou em 27 de julho de 1994. Ele colocou dentro do próprio carro uma mangueira ligada ao cano de escape do veículo. Acabou morrendo envenenado por monóxido de carbono aos 33 anos de idade.

                                                                                                                                        fonte: http://curingainfeliz.blogspot.com.br/

terça-feira, 5 de junho de 2012

Linguagem secreta dos homens


Na linguagem secreta dos homens-leões e das mulheres-elefantes, as antigas sabedorias dos povos africanos vêm sendo contadas de boca em boca por sucessivas gerações, ensinadas como lições de vida ou cantadas em praça pública pelos griots (músico e poeta da África Ocidental, que conserva e transmite a memória oral). As histórias que constituem a literatura oral das diversas nações africanas, guardadas no imaginário dos homens e mulheres, percorrem as diferentes paisagens que formam o continente. São histórias de caçadores e agricultores, bruxas e feiticeiros, reis e princesas, de heróis que atravessam a mata para cumprir seus destinos, e de fundações míticas de cidades. São também histórias de pequenas ou grandes disputas entre marido e mulher, histórias de amor e de morte, lendas de comunhão com os segredos da natureza e da terra. Contos e lendas da África traz dezessete dessas histórias, acompanhadas de um mapa e um glossário de palavras africanas.  
NOZ-DE-COLA               
   Em toda a África Ocidental, os jovens, os velhos, os homens, as mulheres, todo mundo gosta de lambiscar noz de cola, uma frutinha muito por lá. Os velhos, especialmente, têm sempre uma, duas ou três no fundo do bolso...             
   De manhã, a gente o que tem de saber de manhã. De noite, a gente sabe o que tem de saber de noite. Quem cultiva a terra conhece a paciência.             
   Naquele dia, Noz de Cola cultivava o pedaço de terra que ele havia limpado. Preparava o solo para plantar inhame, afogando com sua daba. Não muito longe dali, havia uns gênios dos campos. Mal ouviram o barulho da daba revolvendo o solo, perguntaram:            
   - Quem está trabalhando este roçado?             
   Noz de cola respondeu:             
   - Sou eu! Desmatei, limpei e agora estou preparando a terra para plantar inhame.             
   Os gênios chamaram imediatamente seus filhos e foram ajudar Noz de Cola. Antes tinha terminado. Era meio-dia em ponto quando Noz de Cola, feliz da vida, voltou para a aldeia.             
   Depois, quando Noz de Cola foi plantar seu inhame, a mesma coisa aconteceu: os gênios dos campos e seus filhos vieram acudi-lo.             
   Depois, quando Noz de Cola votou à sua roça para capinar em torno dos pés de inhame, os gênios, que continuavam por lá, perguntaram:           
  - Quem está trabalhando este roçado?             
  - Sou eu, Noz de Cola, capinando em torno dos meus pés de inhame.             
  No mesmo instante, os gênios vieram ajudar Noz de Cola e capinaram rapidinho em torno dos inhames.          
   Agora Noz de Cola podia esperar o tempo passar até que chegasse a hora de colher seus inhames. Por isso, ele viajou ao sul e ao leste para visitar o povo da água e o povo da floresta, deixando a roça aos cuidados da sua mulher.          
   Um dia, quando ela vigiava a roça como filhinho nas costas e apanhava lenha, o menino começou a chorar. Para acalmá-lo, ela quis catar um pequeno inhame, um inhame miudinho que ainda não tinha tido tempo de crescer.           
   Quando desenterrava esse pequeno inhame para dar ao neném, os gênios dos campos perguntaram:            
   - Quem está cavando aí?             
    Ela respondeu:            
    - Sou eu, a mulher de Noz de Cola. Estou desenterrando um inhamezinho para acalmar meu bebê.        
     No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar a mulher de Noz de Cola e logo tiraram do chão todos os inhames miúdos, amontoando-os na beira do campo.         
    A mulher de Noz de Cola, ao ver aquele desastre, pôs-se a chorar. E ainda chorava quando Noz de Cola voltou da viagem. Ele perguntou:          
   - Está chorando por quê?            
 Ela explicou. Fulo da vida, ele lhe deu uma bofetada. Os gênios dos campos, que continuavam por lá, ouviram o barulho da bofetada e perguntaram:           
  - Quem está batendo assim?            
 - Sou eu, Noz de Cola, esbofeteando minha mulher.           
   No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz de Cola. Eles bateram tanto, que mataram a mulher.             
   Noz de Cola nem precisou interrogar o cadáver para entender de que ela tinha morrido! Desatou a chorar. Foi então que um mosquito veio picá-lo no braço. Para defender-se, ele deu um tapa com toda a força no lugar da picada, mas sem acertar o inseto.         Os gênios dos campos, que continuavam pó lá, perguntaram:        
   - Quem está batendo assim?        
   - Sou eu, Noz de Cola, tentando matar um mosquito que veio me picar.      
     No mesmo instante, os gênios e seus filhos vieram ajudar Noz de Cola, desferindo-lhe uma saraivada de tapas.       
    Ainda bem que Noz de Cola era rápido na corrida. Conseguiu chegar à aldeia em disparada e refugiar-se no bolso de um velho. É por isso que, desde então, sempre tem uma noz de cola no bolso dos velhos.           
    OLIVEIRA, A. A criança na literatura tradicional angolana. Tese de doutoradoapresentada à Universidade Nova de Lisboa. Leiria: Ed. Magno, 2000.PINGUILLY, Y. Contos e lendas da África. São Paulo: Companhia das Letras,2005.REPÚBLICA DE ANGOLA. Angola: O futuro começa agora. Paris: Éditions Hervas,É assim que acaba meu conto.                                                              

domingo, 3 de junho de 2012

  

África Subsaariana não pode sustentar crescimento sem erradicar fome, mostra PNUD

16 de maio de 2012 · Notícias

A África Subsaariana não pode sustentar seu crescimento econômico atual sem erradicar a fome que afeta cerca de um quarto da população de 856 milhões de habitantes, mostra o ‘Relatório do Desenvolvimento Humano de África 2012: em Direção a um Futuro de Segurança Alimentar‘, lançado na terça-feira (15/05) pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). O documento afirma que isso exige novas abordagens na capacitação das comunidades locais para garantir a segurança alimentar na região.
“Impressionantes taxas de crescimento do PIB na África não foram traduzidas na erradicação da fome e da desnutrição”, disse a Administradora do PNUD, Helen Clark. “Crescimento inclusivo e centrado nas pessoas com abordagens voltadas para a segurança alimentar são necessários.”
A África Subsaariana continua sendo a região com a situação de maior insegurança alimentar no mundo. Somente na região do Sahel – que se estende desde o Oceano Atlântico ao Mar Vermelho – há mais de 15 milhões de pessoas em risco de desnutrição. Um número semelhante de pessoas continua vulnerável no Chifre de África ​​depois da crise alimentar do ano passado em Djibuti, Etiópia, Quênia e Somália.
O documento destaca que a ação sobre a agricultura por si só não será suficiente para eliminar a fome, e novas abordagens terão de incluir a melhoria dos serviços de saúde e infraestrutura agrícola, bem como dar maior voz aos pobres por meio do fortalecimento dos governos locais e grupos da sociedade civil.
“Um futuro de segurança alimentar para todos os africanos só será alcançado se os esforços abrangerem toda a agenda de desenvolvimento”, afirmou Clark.
Embora reconhecendo que não há soluções rápidas, o Relatório ressalta que a segurança alimentar pode ser alcançada através de uma ação imediata em quatro áreas críticas. Estas incluem aumento da produtividade agrícola dos pequenos agricultores; impulso à nutrição, expandindo o acesso aos serviços de saúde, educação e água potável; implementação de programas sociais que protejam agricultores contra as catástrofes naturais e conflitos; e o acesso a terra e a tecnologia para mulheres e grupos marginalizados.
Este é o primeiro relatório da série Desenvolvimento Humano que se concentra especificamente na África.






Etiópia: 2,8 milhões necessitam de ajuda alimentar com urgência

Só para os próximos seis meses é necessária ajuda no valor de 167 milhões de euros.

  A Etiópia e as Nações Unidas disseram que 2,8 milhões de pessoas necessitam urgentemente de ajuda alimentar este ano. Ao todo são necessários 227 milhões de dólares (167 milhões de euros) de auxílio só para os próximos seis meses. 

Este país africano, situado no Corno de África, é um dos mais pobres do mundo. De acordo com a Reuters, dez por cento dos seus 77 milhões de habitantes sobrevivem graças à ajuda alimentar que recebem.

A falta de chuvas no último agravou o problema relacionado com as reservas de comida, de acordo com as Nações Unidas

A Copa do Mundo de 2010 deixou na África do Sul uma grande marca, renovando o orgulho nacional da população e deixando uma dezena de estádios imponentes, mas ficaram também problemas econômicos derivados da má gestão das infraestruturas do torneio.
Sem dúvida, a grande beneficiada pelo que a Fifa chamou de "o maior evento esportivo do mundo" foi a imagem internacional sul-africana, já que o país apresenta uma elevada taxa de violência e é considerado como um dos mais perigosos do planeta.
Segundo uma pesquisa realizada pela entidade máxima do futebol, 99% dos torcedores que viajaram à África do Sul avaliaram os estádios nos quais os jogos foram disputados de forma muito positiva, 98% ficou encantado com o ambiente e 84% melhorou a opinião que tinha sobre o país.
Essa onda de otimismo não afeta apenas os turistas que foram ao país-sede da Copa, mas também os próprios sul-africanos, dos quais nove em cada dez afirmaram após o Mundial que sua autoestima tinha crescido e 87% disse estar mais seguro do que nunca da capacidade do país.
Alguns analistas, como o jamaicano Horace Campbell, professor da Universidade de Syracuse, em Nova York, estendem os efeitos positivos da Copa a todo o continente africano. "A contribuição mais importante da Copa do Mundo foi o fortalecimento da cultura pan-africana", disse.
No entanto, poucos meses depois do Mundial, a África do Sul já começa a encontrar dificuldades para conseguir que as os estádios construídos para o torneio sejam rentáveis.
No total, para a melhoria de infraestrutura para receber o evento, sobretudo estradas e aeroportos, além dos estádios, o Estado sul-africano investiu pelo menos 42,5 bilhões de euros.
O estádio da Cidade do Cabo, que custou 450 milhões de euros, se tornou o centro da polêmica depois que as empresas Sail e Stadefrance, que se combinaram e formaram um consórcio que ficou encarregado da administração durante o Mundial, deu marcha à ré em seu compromisso de alugá-lo para 30 anos.
O Sail Stadefrance argumenta que, após um estudo, chegou à conclusão que manter o estádio é caro demais e que as despesas que seriam produzidas nos primeiros cinco anos a levou à conclusão que o investimento seria "irresponsável e imprudente".
Embora em alguns estádios tenham sido realizados grandes eventos esportivos após o Mundial, especialmente no Soccer City, em outros, como o de Polokwane ou o de Port Elizabeth, não foi registrada atividade alguma e, por isso, já se encontram em uma situação econômica insustentável.
Para solucionar o problema, o governo vem pedindo às equipes de rúgbi e críquete, dois esportes que na África do Sul movimentam mais dinheiro que o futebol, que realizem partidas nos novos estádios ou que se transfiram para eles para assegurar sua viabilidade.
A resposta das instituições e das equipes das duas modalidades é que quando os estádios foram construídos, elas não foram consultadas para saber se estavam dispostas a aproveitá-los.
"Infelizmente, estamos limitados pelo tamanho do campo de jogo. Quando construíram, nós não fazíamos parte do projeto", disse o diretor-executivo da Cricket South Africa, que gerencia o esporte no país, Gerald Majola.
Por sua vez, analistas como o sul-africano Piet Coetzer, destacam que "o que estava mais ausente no planejamento da construção desses ostentosos monumentos era como se pagariam as faturas depois que as equipes internacionais e os torcedores tivessem ido embora".
Quanto ao novo sistema de transporte público, só uma minoria se beneficia do Gautrain, considerado o estandarte da modernização na África do Sul, já que poucos podem pagar os 10 euros cobrados por um bilhete do centro de Johanesburgo até o aeroporto


sexta-feira, 17 de abril de 2009
PIRATAS DA SOMÁLIA
Pirataria no Índico
por Carlos Santos Neves, RTP actualizado às 10:22 - 15 Abril '09
Lisboa - PORTUGAL

Piratas da Somália atacam segundo cargueiro norte-americano

Em 2008, a pirataria no Índico fez um rombo de 80 milhões de dólares nos cofres das empresas de transporte marítimo Paul Farley (NVNS), EPA

Os piratas que operam ao largo da Somália atacaram um cargueiro dos Estados Unidos que transportava ajuda humanitária para o Quénia. O "Liberty Sun" foi atingido durante horas por granadas de morteiro e disparos de espingardas automáticas, até ser socorrido pelo mesmo contratorpedeiro que resgatou o capitão do navio norte-americano "Alabama".
No espaço de uma semana, os piratas somalis já ensaiaram dois assaltos a cargueiros norte-americanos. Mas os ataques estendem-se a todos os tipos de pavilhões. Em menos de três meses, os bandos de piratas do Corno de África atacaram pelo menos 78 navios. Dezanove foram apresados. Dezasseis permanecem sob sequestro dos assaltantes, que mantêm cativos mais de 300 reféns de uma dúzia de nacionalidades.

No domingo, o contratorpedeiro da Armada norte-americana "USS Bainbridge" pôs termo ao cativeiro de cinco dias do capitão Richard Phillips, capturado por piratas depois de uma abordagem a um cargueiro dos Estados Unidos. Atiradores especiais da força de elite Seal abateram três dos quatro piratas que mantinham cativo o capitão norte-americano do "Alabama". Um quarto homem acabou por se render. Philips oferecera-se como refém para garantir a segurança da sua tripulação.

O Presidente dos Estados Unidos, que autorizou a operação de resgate, prometeu reforçar os meios de combate à pirataria ao largo da Somália. Nas 48 horas que se seguiram às declarações de Barack Obama, mais cinco navios foram alvo das manobras dos piratas, entre os quais o cargueiro "Liberty Sun".

"Estamos a ser atacados por piratas"

Durante a tentativa de assalto ao "Liberty Sun", Thomas Urbik, um dos 20 tripulantes do navio, encontrou tempo para enviar um e-mail à mãe. "Estamos a ser atacados por piratas, estamos a ser atingidos por rockets. E também balas. Estamos barricados na casa das máquinas e até agora ninguém ficou ferido", escreveu o tripulante de 26 anos numa mensagem de correio electrónico obtida pela Associated Press.

O capitão do cargueiro apressou-se a pedir ajuda à Armada norte-americana. Quando o "USS Bainbridge" chegou, cerca de seis horas após o início do ataque, os piratas já haviam abandonado o local. O contratorpedeiro limitou-se a escoltar o "Liberty Sun" até ao Quénia.
A Liberty Maritime, empresa proprietária do cargueiro com sede em Lake Success, Nova Iorque, emitiu um comunicado a saudar "toda a tripulação pelo seu profissionalismo e postura debaixo de fogo".

Piratas desafiam Estados Unidos

Até ao momento, as patrulhas navais internacionais têm-se mostrado incapazes de controlar o recrudescimento da pirataria no Corno de África. A vastidão do teatro de operações e a agilidade dos bandos têm dificultado a acção dos vasos de guerra. O comando da força naval da NATO destacada para a Somália tem sido assegurado pela fragata da Armada portuguesa "Corte Real". Os navios da Standing NATO Maritime Group One vão deixar a região no início da próxima semana para participar em exercícios no Paquistão e em Singapura. O regresso à costa africana do Índico está previsto para Junho.

Os piratas alegam ser parte activa num combate à pesca ilegal e às descargas de resíduos tóxicos em águas da Somália. Contudo, as suas manobras excedem largamente os limites territoriais e as fronteiras da protecção dos recursos somalis. Cada um dos navios apresados pode render até um milhão de dólares aos bandos de assaltantes. Dados do Governo queniano avaliam em 150 milhões de dólares o montante extorquido em acções de pirataria no ano passado.

Em declarações à Associated Press, Omar Dahir Idle, um pirata da cidade costeira de Harardhere, garantiu que os bandos vão intensificar os ataques no Golfo de Aden para demonstrar que não se deixam intimidar pelas palavras de Obama: "Os nossos últimos sequestros têm por objectivo mostrar que ninguém pode impedir-nos de proteger as nossas águas do inimigo, porque acreditamos em morrer pela nossa terra".
História
Fonte: Wikipedia, a enciclopédia livre
Pirataria na Somália
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
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Piratas mantendo a tripulação do navio de pesca chinês Tianyu 8 como reféns.

pirataria na costa da Somália tem sido uma ameaça à marinha mercanteinternacional desde o início da guerra civil daquele país, na década de 1990. Em especial desde 2005 diversas organizações internacionais, incluindo aOrganização Marítima Internacional e o Programa Alimentar Mundialexpressaram sua preocupação com o aumento nos atos de pirataria;a atividade contribuiu para um aumento nos custos do transporte marítimo, e impediram a entrega de remessas assistenciais de alimentos. Noventa porcento das remessas do Programa Alimentar Mundial são enviados pelo mar, e os navios passaram a precisar de escolta militar.
O estado caótico da Somália e a falta de um governo central, aliados à localização do país no Chifre da África, criaram as condições apropriadas para o crescimento da pirataria na região, no início da década de 1990. Com o colapso do governo central, barcos e navios pescando ilegalmente nas águas da Somália passaram a ser comuns. Os piratas estavam interessados, inicialmente, em assumir o controle das águas do país antes que empresários ou milicianos se envolvessem. Os atos de pirataria foram interrompidos temporariamente com a ascensão ao poder da União das Cortes Islâmicas, em2006, quando a lei islâmica foi implantada no pais. As atividades de pirataria foram, no entanto, retomadas depois da invasão da Somália por tropas daEtiópia.

Alguns piratas são antigos 
pescadores, que argumentam que os navios estrangeiros estão ameaçando seu sustento pescando nas águas somalis. Após ver o lucro potencial que a atividade oferecia, já que os resgates costumam ser pagos, os chefes militares começaram a facilitar e até mesmo patrocinar estas atividades, dividindo os lucros com os próprios piratas.Na maioria dosseqüestros realizados as vítimas não são machucadas, para que o pagamento dos resgates sejam realizados.Pelo contrário, os seqüestradores tratam bem seus reféns, na esperança de receberem os resgates, a ponto de contratar empresas na costa da Somália que lhes cozinhem pratos que agradem gostos mais "ocidentalizados", como espaguetepeixes grilhados e carnes assadas, e manter um fornecimento constante de cigarros e bebidas alcóolicas das lojas no litoral.

Governo Federal de Transição fez alguns esforços para combater a pirataria permitindo ocasionalmente que navios estrangeiros entrem em território somali. No entanto, na maioria das vezes os navios estrangeiros que perseguiam piratas eram obrigados a interromper a perseguição sempre que os piratas entravam em águas territoriais somalis.O governo da Puntlândia fez algum progresso no combate à pirataria, evidente por algumas intervenções recentes.

Em junho de 2008, logo após o envio de uma carta do Governo Federal de Transição para o presidente do 
Conselho de Segurança das Nações Unidaspedindo por ajuda da comunidade internacional em seus esforços para lidar com os atos de pirataria e assaltos armados cometidos contra navios na costa da Somália, uma declaração foi aprovada por unanimidade autorizando as nações que fizerem acordos com o Governo Federal de Transição a entrar em águas territoriais somalis para lidar com os piratas. A medida, promulgada pelaFrança, pelos Estados Unidos e pelo Panamá, tem duração de seis meses. A França, inicialmente, desejava que a resolução abrangesse outras regiões que sofram com problemas de pirataria, como a África Ocidental, porém enfrentou a oposição do Vietnã, da Líbia e, mais importante, da China, que tem poder deveto e desejava que esta autorização de violação de soberania fosse limitada à Somália.[10]
Em 
21 de novembro de 2008 a BBC News relatou que a Marinha da Índia teria recebido a aprovação das Nações Unidas para entrar em águas somalis e combater a pirataria.[11]

Presença militar

Diversas nações, membros ou não da 
OTAN, enviaram navios de guerra para região com o propósito de escoltar os navios comerciais e tentar impedir atos de pirataria.